Eike Batista, empresário brasileiro conhecido por sua ascensão e queda no mercado, está de volta com uma proposta audaciosa para recuperar sua fortuna. Em um evento recente, o Energy Summit no Rio de Janeiro, ele revelou seu interesse na cana-de-açúcar transgênica como uma solução para se reposicionar no mercado de energia.
Batista apresentou um projeto desenvolvido pelo agrônomo Sizuo Matsuoka e destacou seu papel como “catalisador” dessa iniciativa. A proposta visa utilizar a cana geneticamente modificada para ampliar a produção de etanol no Brasil. Segundo o empresário, a produção poderia chegar a até 100 bilhões de litros, substituindo as atuais plantações de cana convencional, que ocupam cerca de 5,5 milhões de hectares.
A cana transgênica, com produtividade de 354 toneladas por hectare, é quase o dobro da produção da cana tradicional, que chega a 180 toneladas por hectare. Batista também vê um grande potencial na indústria de biocombustíveis, especialmente no desenvolvimento de SAF (combustível de aviação sustentável), importante para a descarbonização do setor aéreo global.
Além disso, o empresário aponta outras aplicações para a cana transgênica, como na produção de papel e na substituição de plásticos. Ele acredita que a revolução que essa tecnologia pode trazer terá um impacto positivo não só no mercado de energia, mas também na indústria como um todo.
Com sua visão inovadora, Eike Batista aposta que o Brasil, já potência na produção de cana, não enfrentará concorrência com culturas alimentares como o milho, colocando-se em uma posição estratégica para o futuro do setor.