A Uber surpreendeu ao lançar uma nova categoria de transporte com ônibus fretados, prometendo conectar cidades como Guarulhos a importantes polos empresariais de São Paulo. Porém, apenas dois dias após o início das operações, o serviço foi alvo de fiscalizações que resultaram em multas e apreensões, colocando em xeque a viabilidade da novidade.
Fiscalização Rigorosa e Penalizações
O serviço, iniciado em 8 de janeiro de 2025, chamou a atenção de órgãos como a Polícia Militar, a EMTU e a Artesp. Em 10 de janeiro, uma operação inspecionou 25 ônibus, resultando na apreensão de dois veículos e na aplicação de multas de R$ 2.600 por irregularidade. Segundo as autoridades, o serviço foi classificado como transporte clandestino por não possuir as autorizações exigidas.
A Reação da Viação Mimo e da Uber
A Viação Mimo, parceira operacional da Uber, afirmou que, caso a irregularidade seja confirmada, encerrará a parceria para proteger sua reputação. Por sua vez, a Uber manteve sua postura de se posicionar como intermediária tecnológica, reiterando que sua responsabilidade é conectar passageiros a operadores de transporte, sem se envolver diretamente nas operações.
A Uber já enfrentou diversos embates com regulamentações em outros serviços. O lançamento do transporte por aplicativos e do Uber Moto foram exemplos de iniciativas que geraram resistência inicial antes de regulamentação. Agora, com o transporte fretado, a empresa enfrenta mais uma vez a necessidade de adequação às normas locais.
Especialistas apontam que a estratégia da Uber de testar serviços antes de buscar regulamentação formal é arriscada. Embora permita avaliar a receptividade do mercado, essa abordagem frequentemente resulta em penalizações e conflitos com autoridades.
