Javier Milei completou um ano como presidente da Argentina, liderando a Casa Rosada com promessas de reformas econômicas radicais para enfrentar a histórica crise do país. Seu mandato, marcado por políticas econômicas austeras, teve impactos positivos e negativos em diversos indicadores.
Controle da Inflação
Uma das principais metas de Milei foi combater a inflação, que havia atingido 289% em abril de 2023. Por meio de cortes de subsídios e medidas de austeridade, a alta dos preços começou a desacelerar. Atualmente, a inflação está em níveis mais baixos do que quando Milei assumiu o cargo, mostrando resultados promissores no controle da economia.
Desemprego e Pobreza
Apesar da melhora em alguns indicadores, as políticas de ajuste econômico de Milei geraram aumento no desemprego, que se manteve acima de 7% em 2024. Além disso, os cortes em benefícios sociais e subsídios ampliaram a pobreza, afetando significativamente a população mais vulnerável.
Mercado Financeiro e Merval
O mercado financeiro respondeu positivamente às reformas. O índice Merval, principal indicador da bolsa argentina, apresentou um salto expressivo, indo de 970 mil pontos no início do governo Milei para 2,229 milhões no final de 2024. Esse crescimento reflete a confiança dos investidores nas políticas implementadas.
Dólar e Desvalorização do Peso
Uma das primeiras ações de Milei foi desvalorizar o peso argentino, resultando em um aumento abrupto na cotação do dólar. Em dezembro de 2023, o dólar saltou de 360 pesos para quase 800 pesos, atingindo 1.015 pesos ao final de 2024. Essa desvalorização inicial ajudou a estabilizar o câmbio, favorecendo o controle inflacionário.
Impactos na Atividade Econômica
O corte de programas de auxílio e a desvalorização do peso tiveram impactos negativos no consumo interno, reduzindo o poder de compra da população. Como resultado, a atividade econômica desacelerou, refletindo os desafios de equilibrar austeridade e crescimento.
