A reforma tributária, aprovada recentemente pela Câmara dos Deputados, promete mudanças significativas nos preços dos automóveis no Brasil. Classificados no “imposto do pecado”, os veículos podem sofrer aumentos de 5% a 10%, dependendo do modelo e da tecnologia empregada. Confira os principais detalhes dessa mudança.
O Que é o “Imposto do Pecado”?
O chamado “imposto do pecado” tem como objetivo desestimular o consumo de produtos que prejudicam a saúde ou o meio ambiente, como cigarros, bebidas alcoólicas e veículos. Inicialmente, acreditava-se que apenas carros a combustão seriam impactados, mas híbridos e elétricos também foram incluídos na nova regulamentação.
Critérios para Taxação
Os veículos serão avaliados com base em critérios específicos, como:
- Potência e eficiência energética;
- Reciclabilidade dos materiais;
- Pegada de carbono e densidade tecnológica.
Esses fatores determinarão a alíquota de tributação, que ainda não foi oficialmente definida.
Impactos nos Preços
Especialistas estimam que os carros populares, na faixa de R$ 70 mil, terão aumentos próximos a 5%. Já os modelos elétricos e híbridos, mais avançados tecnologicamente, podem enfrentar reajustes de até 10%. Veículos importados continuarão sujeitos ao Imposto de Importação, o que pode tornar os preços ainda mais elevados.
O Papel do Programa Mover
O Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover) busca incentivar a produção de veículos mais sustentáveis. Fabricantes que investirem em tecnologias limpas poderão obter benefícios fiscais, como o IPI Verde, uma alíquota reduzida voltada para carros elétricos e híbridos. Contudo, especialistas apontam que a reforma tributária pode entrar em conflito com os objetivos do Mover, dificultando o estímulo ao mercado de veículos ecológicos.