O petróleo tomou a dianteira na balança comercial brasileira em 2024, tornando-se o principal produto de exportação do país pela primeira vez na história. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de petróleo bruto atingiram US$ 44,8 bilhões, superando a soja, que fechou o ano com US$ 42,9 bilhões.
Crescimento do Petróleo e Declínio da Soja
A soja, que liderava as exportações nos anos anteriores, perdeu espaço. Sua participação na pauta de exportações caiu de 15,7% em 2023 para 12,7% em 2024. Em contraste, o petróleo viu um aumento de 5,2% no valor exportado e de 10,1% no volume embarcado, totalizando 89,7 mil toneladas.
Mesmo com o preço médio do barril registrando uma leve queda de 4,4%, o desempenho robusto do setor petrolífero reflete o aumento da produção e a crescente demanda internacional.
Grande parte desse avanço deve-se à produção no pré-sal, que respondeu por 71,5% do petróleo brasileiro de janeiro a novembro de 2024. Durante o segundo semestre, essa participação saltou para 80,3%. A Petrobras, maior produtora do pré-sal, destacou que o pico de produção dessa região ainda está por vir, projetado para ocorrer na década de 2030.
Receita para a União e Projeções Futuras
A estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA) também contribuiu para o marco histórico, arrecadando R$ 10,32 bilhões em 2024 com a comercialização de hidrocarbonetos da União — um crescimento de 71% em relação a 2023.
Estima-se que até 2034 a arrecadação acumulada chegue a R$ 506 bilhões, fortalecendo a economia brasileira. O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) celebra o protagonismo do petróleo, evidenciando o papel do Brasil como potência energética global.