O mercado de crédito no Brasil está em transformação, especialmente com a potencial expansão do empréstimo consignado privado. Espera-se que essa modalidade de crédito quintuple, atingindo cerca de R$ 200 bilhões nos próximos anos. Além disso, busca-se um cenário onde pessoas com acesso limitado ao crédito possam obter empréstimos com taxas mais baixas. Essa expectativa foi ressaltada por Mario Leão, CEO do Santander Brasil.
Esse crescimento é favorecido por negociações entre o governo e instituições financeiras para criar uma plataforma que facilite o acesso ao crédito consignado pelo setor privado. Atualmente, o Santander lidera esse mercado, com uma carteira de aproximadamente R$ 30 bilhões. No entanto, Leão se opõe à proposta governamental de estabelecer um teto para as taxas de juros.
O impacto do ‘One App’ no Mercado Financeiro
O setor bancário brasileiro está inovando em serviços digitais para melhorar a experiência do cliente. Um exemplo disso é o One App lançado pelo Santander Brasil, que centraliza vários produtos e serviços em um único aplicativo. Seguindo um movimento similar ao do Itaú Unibanco, o objetivo é proporcionar uma oferta mais personalizada e eficiente.
O lançamento do aplicativo está previsto para abril, com a expectativa de aumentar a eficiência do banco e personalizar o atendimento ao cliente. Essa iniciativa tem o objetivo de aumentar a competitividade e inovar na oferta de serviços financeiros digitais.
Como o ROE do Santander Indica Desempenho Futuro?
A rentabilidade do Santander Brasil, medida pelo retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), é um indicador importante de desempenho. Recentemente, o banco anunciou um lucro líquido recorrente de R$ 3,85 bilhões no quarto trimestre de 2024, com um ROE anualizado de 17,6%. Esse aumento de 5,3 pontos percentuais demonstra o compromisso do banco em melhorar sua rentabilidade.
Comparativamente, outras instituições financeiras como o Itaú e o Banco do Brasil apresentam um ROE superior a 20%. O CEO, Mario Leão, revelou que apesar da melhora, o Santander Brasil não alcançará essa cifra até 2025, preferindo focar em linhas de crédito de melhor retorno e um crescimento de empréstimos inferior a 10%.
