O preço da picanha, um corte popular no Brasil, não deve cair em breve. Economistas alertam que a desvalorização do real frente ao dólar e a alta demanda por exportações estão elevando os preços. Recentemente, a arroba do boi subiu 48%, enquanto o repasse ao consumidor foi de apenas 15%, segundo o IPCA. Essa disparidade sugere que a inflação alimentar continuará a afetar o poder de compra das famílias.
Impacto das Exportações
A valorização do dólar tem impulsionado as exportações de carne, reduzindo a oferta no mercado interno. Com a diminuição da oferta global de carne, o Brasil pode expandir suas exportações, mas isso resulta em menos carne disponível para os consumidores locais, aumentando a pressão sobre os preços.
Desafios para o Governo
Essas questões econômicas criam um dilema para o governo de Lula. O presidente, que prometeu coordenar esforços com os produtores para controlar a inflação, enfrenta críticas sobre a falta de uma estratégia clara. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, também é citada em um contexto de decisões contraditórias e falta de coordenação entre os ministros, gerando incertezas sobre o futuro econômico do país.
Projeções Futuras
Analistas da Genial Investimentos preveem que novos aumentos nos preços da carne são inevitáveis em 2025, mesmo sem um repasse integral dos custos ao consumidor. Isso pode levar as famílias a escolherem proteínas mais acessíveis, como frango e carne suína. Esse cenário não só afeta o orçamento das famílias, mas também representa um desafio contínuo para Lula, que precisa atender às expectativas de um eleitorado preocupado com a inflação e o custo de vida.