O Governo Federal está considerando reintroduzir o horário de verão, extinto em 2019 durante a presidência de Jair Bolsonaro, com o objetivo de reduzir os custos com energia elétrica. A expectativa é que a decisão seja anunciada até o final de outubro de 2024, com a implementação prevista para ocorrer até 2026.
A volta da medida tem gerado reações mistas. Enquanto muitos setores da economia aguardam ansiosos por essa mudança, especialistas alertam sobre os impactos que o horário de verão pode ter na saúde e na rotina dos brasileiros. O ajuste no relógio pode interferir no relógio biológico do corpo, que é responsável por regular o sono, a vigília e a secreção hormonal.
Entre os principais efeitos, destaca-se a alteração nos ritmos biológicos. A adaptação ao novo horário pode ser desafiadora, especialmente para aqueles que já têm uma rotina consolidada. Esse processo exige que o organismo alinhe seus ritmos ao ciclo natural de luz e escuridão, o que pode levar a desregulações.
Além disso, cada indivíduo possui um cronotipo que define se é mais matutino ou vespertino. Os matutinos, que preferem acordar cedo, podem sofrer mais com a mudança, pois seu corpo está habituado a horários anteriores. Isso pode resultar em irritabilidade, cansaço e dificuldade de concentração durante o período de adaptação.
Em média, o corpo leva pelo menos uma semana para se ajustar ao novo horário. Assim, a discussão sobre a reintrodução do horário de verão não é apenas uma questão econômica, mas também de saúde pública, exigindo atenção às suas possíveis consequências.