Os novos programas do SBT, Chega Mais e Tá na Hora, têm gerado preocupações quanto ao impacto financeiro da emissora. Ambos os programas apresentam uma baixa frequência de intervalos comerciais, o que levanta questões sobre a receita publicitária do canal.
O Chega Mais, transmitido das 9h30 às 13h30, inclui apenas dois intervalos comerciais de 13 minutos no total, ficando até duas horas e 15 minutos sem publicidade. Esse formato reduz significativamente o faturamento potencial. Com uma tabela de preços indicando R$ 162.800 para um anúncio de 30 segundos, o programa deveria gerar cerca de R$ 3,6 milhões por episódio. No entanto, descontos substanciais para anunciantes assíduos, como Colgate-Palmolive e Unilever, reduzem essa receita para menos de R$ 400 mil por programa.
Por outro lado, o Tá na Hora, exibido das 17h30 às 19h45, tem apenas um intervalo de seis minutos e meio, com mais ações de merchandising. A tabela de preços coloca o custo de um comercial de 30 segundos em R$ 301.200. Após descontos, a receita é estimada em pouco mais de R$ 300 mil por episódio.
A falta de intervalos comerciais pode resultar em um prejuízo considerável para o SBT, com estimativas indicando um rombo de até R$ 100 milhões até o final do ano. A emissora, no entanto, nega essas previsões e destaca o sucesso de outros projetos e um crescimento geral na audiência.
Programas com baixos intervalos comerciais não são exclusivos do SBT, mas a comparação com outras emissoras, como Globo e Record, ressalta o desafio financeiro enfrentado pelo canal. Enquanto isso, o SBT continua apostando na qualidade e na inovação de sua programação para atrair patrocinadores e audiência.