O ouro, um dos metais mais preciosos e cobiçados do planeta, possui uma origem fascinante que remonta ao início do Sistema Solar. Há cerca de 15 bilhões de anos, a fusão nuclear nos centros das primeiras estrelas deu origem a elementos mais complexos, incluindo o ouro. Esse processo, resultado da combinação de núcleos de hidrogênio e hélio a altíssimas temperaturas, gerou o ouro e outros metais pesados.
Quando a Terra se formou há 4,5 bilhões de anos, o ouro já estava presente, embora em quantidades extremamente pequenas. Na crosta terrestre, a concentração de átomos de ouro é de apenas cinco em cada bilhão. Com o passar de milhões de anos, jazidas de ouro começaram a se formar devido a processos geológicos como vulcanismo e erosões.
Atualmente, o ouro pode ser extraído de várias fontes: minas subterrâneas a até 1,5 quilômetro de profundidade, minas a céu aberto, onde o metal é retirado a cerca de 50 metros da superfície, e até do leito de rios. O processo de extração envolve o tratamento químico das rochas para separar o ouro de outros minerais, sendo que a concentração nas jazidas é de apenas alguns gramas por tonelada de rocha extraída.
A descoberta de novas jazidas de ouro é um processo complexo e dependente de tecnologia avançada. Geólogos utilizam imagens de satélite para identificar falhas geológicas e minerais indicativos de depósitos de ouro. Após um mapeamento geológico e coleta de amostras, a perfuração do terreno pode revelar novos depósitos. Além das análises, uma boa dose de sorte é crucial para encontrar novas jazidas.
Assim, o ouro que conhecemos hoje é o resultado de um longo processo cósmico e terrestre, refletindo uma jornada de bilhões de anos desde sua formação até a extração moderna.