Desde a crise do petróleo de 1973, que viu os preços internacionais duplicarem, o debate sobre o esgotamento das reservas de petróleo não perdeu relevância. A pergunta que persiste é: quanto tempo ainda teremos petróleo?
Atualmente, as reservas comprovadas de petróleo são estimadas para durar pelo menos mais 50 anos. Contudo, a variação nos preços do petróleo muitas vezes reflete um otimismo contido sobre a quantidade real dessas reservas. O planeta, no entanto, pode esconder novas jazidas, o que pode adiar o esgotamento para o próximo século ou além.
A transição para fontes alternativas de energia é uma preocupação constante. Entre as opções viáveis estão o petróleo não convencional, como areias e xistos betuminosos, que são mais difíceis de extrair, mas podem dobrar as reservas conhecidas. Além disso, o gás natural tem ganhado destaque como substituto em várias aplicações, incluindo a indústria e a petroquímica.
O álcool e o biodiesel também são alternativas promissoras, usados tanto como combustíveis quanto na produção de plásticos. A gasolina sintética, obtida a partir do carvão, oferece uma solução conhecida desde a Segunda Guerra Mundial.
A energia nuclear, apesar de controversa, é uma alternativa econômica que pode competir com outras fontes de energia. Recentemente, a combinação de energia nuclear e hidrogênio tem se mostrado promissora, com o hidrogênio oferecendo uma alternativa limpa, embora atualmente sua produção seja energeticamente intensiva.
Diante dessas alternativas e da possibilidade de novas descobertas, a transição da civilização do petróleo para outras formas de energia poderá ocorrer de maneira gradual. O futuro, assim, não parece sombrio, mas promissor, com uma mudança que pode se dar sem grandes rupturas.