A alta do dólar, que atingiu R$ 5,65, tem gerado grandes impactos na economia brasileira, afetando diferentes setores de maneiras distintas. Empresas com custos em dólar e receitas em reais são as mais afetadas, enquanto as que exportam e recebem em dólares se beneficiam dessa valorização.
Empresas mais afetadas pela alta do dólar
Empresas como Gol e Azul, que têm mais de 50% de seus custos em dólar, especialmente com combustíveis, enfrentam grandes dificuldades. A M.Dias Branco, que tem cerca de 60% de seus custos em dólar, também sofre com essa disparada, mesmo vendendo seus produtos no Brasil. Varejistas como Renner, C&A e Hering estão igualmente prejudicadas, já que cerca de 30% de seus custos são em dólar devido à importação de peças, enquanto as vendas ocorrem em reais.
Empresas beneficiadas pela alta do dólar
Por outro lado, empresas com forte presença em exportações se beneficiam dessa valorização. Suzano e Vale, com quase 100% de suas receitas em dólares, têm custos menores em moeda americana, o que favorece seus resultados.
A Petrobras também se beneficia, com 80% de suas vendas em dólares, embora seus custos em dólar representem 50% das despesas. A Embraer, com 93% de suas vendas e 83% de seus custos em dólares, também é impactada positivamente pela alta do câmbio.
Impactos econômicos e desafios futuros
Embora alguns setores ganhem, a alta do dólar gera incertezas e desorganiza o planejamento das empresas, o que pode adiar investimentos e expandir a dificuldade fiscal. Além disso, a desvalorização do real torna as empresas brasileiras menos atraentes para investidores estrangeiros, prejudicando a atração de novos investimentos e IPOs no Brasil.