O planejamento de um túnel subaquático para ligar as cidades catarinenses de Itajaí e Navegantes pretende transformar tanto a mobilidade quanto o turismo na região. Estimado em R$ 1 bilhão, o projeto busca não apenas facilitar o transporte entre as duas cidades, mas também se tornar um novo ponto de interesse para visitantes.
Com a previsão de gerar 11 mil empregos diretos e indiretos, a infraestrutura do túnel tem grande potencial para impactar tanto a economia local quanto a imagem turística da área. A iniciativa é parte de um esforço mais amplo para melhorar a acessibilidade em uma das regiões mais turísticas do Brasil.
Como o Túnel Vai Funcionar?
O túnel subaquático será construído sob o leito do Rio Itajaí-Açu, com uma extensão total de 548 metros e uma profundidade de 29 metros. A estrutura incluirá seções segregadas para o trânsito de veículos, além de um espaço reservado para pedestres e ciclistas.
A presença de faixas exclusivas para ônibus e esteiras rolantes representa um compromisso com a mobilidade sustentável e conveniente. O design é inspirado em modelos modernos, garantindo que a funcionalidade e a segurança estejam no centro da sua concepção.
Quais São os Desafios e Benefícios do Projeto?
Embora a construção de um túnel sob uma área ecologicamente sensível traga desafios ambientais, os benefícios projetados são significativos. A criação do Promobis, Projeto de Mobilidade Integrada Sustentável da Região da Foz do Rio Itajaí, busca atender as necessidades de 11 municípios, promovendo a cooperação entre as cidades através de um consórcio liderado pela Amfri.
O governo estadual já reservou R$ 136 milhões para as etapas iniciais, e o projeto completo terá um custo estimado de R$ 2 bilhões, financiado parcialmente pelo Banco Mundial. A expectativa é que o túnel não apenas melhore o transporte, mas também impulsione a economia e o turismo na região.
Que Impactos o Projeto Terá na Mobilidade Urbanística?
O desenvolvimento urbano futurista da região é representado pela introdução do sistema de ônibus rápidos 100% elétricos, integrando-se com ciclovias e esteiras rolantes. A meta é reduzir a emissão de poluentes e oferecer transporte público eficiente e sustentável aos 11 municípios envolvidos.
A expectativa é atender cerca de 15 mil pessoas e 5 mil veículos diariamente, estabelecendo um padrão de mobilidade que pode servir de exemplo para outras áreas do Brasil. Isso reforça a posição de Santa Catarina como um estado inovador em termos de infraestrutura urbana.
O Que Vem a Seguir no Planejamento e Execução?
Com os estudos técnicos já concluídos, o próximo passo é o licenciamento ambiental e a contratação de recursos, prevista para março de 2025. O governo catarinense planeja iniciar as obras nos anos subsequentes, com concessão do túnel e do sistema BRT por 35 anos.