No dia 24 de dezembro de 2024, a sonda Parker Solar Probe, da NASA, alcançou um feito inédito ao se aproximar a apenas 6,1 milhões de quilômetros da superfície do Sol. Essa distância estabelece um novo recorde para a exploração espacial, tornando a Parker o objeto feito pelo homem que chegou mais próximo à nossa estrela.
O marco ocorreu durante a 22ª aproximação da sonda ao Sol, às 11h53 UTC, em um evento descrito como comparável ao pouso da Apollo 11 na Lua em 1969. Para o Dr. Nour Raouafi, cientista do projeto, esse momento representa um sonho de quase 60 anos. “Na véspera de Natal, abraçamos uma estrela — a nossa estrela,” declarou.
‘Hiper-Aproximação’ e Condições Extremas
A Parker entrou em um regime de “hiper-aproximação”, navegando por plumas de plasma e erupções solares a uma velocidade impressionante de 690.000 km/h. Essa velocidade, suficiente para cobrir a distância entre Filadélfia e Washington, D.C., em um segundo, reafirma a Parker como o objeto mais rápido já construído pelo ser humano.
Durante essa aproximação, a sonda enfrentou temperaturas quase 500 vezes maiores que o dia mais quente de verão na Terra. Projetada para suportar condições extremas, a Parker é equipada com um escudo térmico de última geração que protege seus instrumentos enquanto coleta dados preciosos sobre o Sol.
O Significado do Feito
Ao se aproximar do Sol como nunca antes, a Parker oferece insights sem precedentes sobre os processos que governam nossa estrela, como o vento solar e as tempestades solares. Esses dados podem ajudar a entender melhor o comportamento do Sol e seu impacto na Terra, avançando o campo da ciência espacial e beneficiando tecnologias sensíveis ao clima espacial.
A Parker Solar Probe fará mais duas aproximações semelhantes em março e junho de 2025. Os cientistas aguardam ansiosamente os sinais que confirmem a sobrevivência da sonda após esse contato extremo, previsto para o dia 27 de dezembro.