A Volkswagen (VW) enfrenta uma crise severa que a levará a planejar demissões em massa na Europa. A diretoria da montadora admitiu que dezenas de milhares de funcionários poderão ter seus contratos encerrados em um futuro próximo. A medida se insere no contexto do fechamento de pelo menos três fábricas na Alemanha, uma ação sem precedentes na história da empresa.
Daniela Cavallo, chefe do conselho de trabalhadores da VW, confirmou que a gerência está ciente da gravidade da situação. Embora haja um entendimento sobre os problemas enfrentados, existe uma preocupação significativa entre os trabalhadores em relação às demissões. A montadora não especificou quais fábricas serão afetadas ou a quantidade exata de demissões.
O governo alemão também está envolvido na questão, com o chanceler Olaf Scholz enfatizando que os funcionários não devem ser prejudicados por falhas de gestão. Berlim está em diálogo próximo com a empresa e os representantes dos trabalhadores, buscando garantir a proteção dos empregos.
Em um cenário de crescente concorrência, a Volkswagen está perdendo espaço no mercado. No último ano, a empresa fabricou cerca de 9 milhões de veículos, muito abaixo da capacidade total de 14 milhões. A concorrência de marcas chinesas, como a BYD, e a queda em sua participação no mercado chinês, especialmente no segmento de veículos elétricos, agravam a situação.
Com cerca de 650 mil funcionários em todo o mundo, sendo quase 300 mil na Alemanha, a Volkswagen estuda medidas drásticas para lidar com a crise, que inclui o fechamento de fábricas e demissões em larga escala.